SpiN-Tec Contra a Covid-19: Conheça a vacina brasileira

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Vacina SpiN-Tec Contra a Covid-19: Avanços Positivos na Primeira Fase de Testes Clínicos

“Avanços Promissores na Vacina Brasileira contra a Covid-19: SpiN-Tec Mostra Resultados Positivos em Testes Iniciais. Descubra mais sobre este marco para a ciência brasileira em nosso mais recente artigo.”

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Os primeiros ensaios clínicos da vacina SpiN-Tec contra a covid-19, a primeira totalmente desenvolvida no Brasil, têm mostrado resultados promissores. A vacina é fruto da colaboração entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e não requer a importação de tecnologia ou materiais estrangeiros. Os resultados iniciais sugerem que a vacina é segura para os voluntários e tem potencial para desencadear uma resposta imunológica ao vírus.

Após uma fase pré-clínica bem-sucedida, em que os testes em animais de laboratório não mostraram efeitos adversos, a fase clínica 1 começou em novembro do ano passado. Até março, a SpiN-Tec foi administrada a 36 indivíduos, com idades entre 18 e 54 anos. Esses dados estão sendo analisados pelos cientistas e serão apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em breve.

Prevê-se que a fase clínica 2 comece em junho, envolvendo 372 voluntários com idades entre 18 e 85 anos. Os participantes deverão ter recebido duas doses das vacinas CoronaVac ou AstraZeneca, seguidas de uma ou duas doses de reforço da Pfizer ou AstraZeneca. Aqueles que receberam a vacina bivalente não são elegíveis para esta fase. A infecção prévia pela covid-19 não é um critério de exclusão, desde que tenha ocorrido há mais de seis meses.

Na fase 2, o objetivo principal é avaliar a imunogenicidade, ou seja, a capacidade da vacina de induzir a produção de anticorpos e a resposta dos linfócitos para a proteção do organismo. As informações foram fornecidas por Helton Santiago, coordenador dos ensaios clínicos da vacina e professor do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG.

Diferentemente dos ensaios iniciais de outras vacinas contra a covid-19, o objetivo desta vez é avaliar a eficácia da SpiN-Tec como dose de reforço. Segundo Helton, a estratégia do CT Vacinas da UFMG foi desenvolver um imunizante que atue como reforço, com um enfoque especial na imunidade celular.

As próximas etapas prevêem o início da fase 3 em dezembro deste ano ou janeiro de 2024. Se tudo correr conforme o planejado, a vacina estará disponível ao público em 2025. Os ensaios são financiados por várias fontes, incluindo a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Rede Vírus do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a Prefeitura de Belo Horizonte e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

Helton Santiago enfatiza a importância da paciência diante de possíveis mudanças de datas. Dada a novidade do desenvolvimento de uma vacina totalmente brasileira, os ensaios podem estar mais suscetíveis a contratempos e obstáculos decorrentes da falta de experiência prévia.

“Estamos adquirindo conhecimento sobre o que é necessário para avançar uma vacina da pesquisa básica para a pesquisa clínica. Estamos navegando por diversos desafios da ciência brasileira e encontrando as melhores soluções possíveis. Assim, frequentemente, planejamos um cronograma e encontramos situações que nem sabíamos que poderiam existir”, explica Helton.

Ele ainda reforça que os recursos para a pesquisa não estão escassos. Os obstáculos são verdadeiramente técnicos. “Precisamos estabelecer estruturas, elaborar ensaios e desenvolver know-how para superar várias etapas para as quais o Brasil não tinha a expertise necessária”.

Por fim, a vacina SpiN-Tec representa um marco para a ciência brasileira e a luta global contra a Covid-19. Com o progresso dos ensaios clínicos e a superação dos desafios técnicos, a vacina está a caminho de fornecer uma nova ferramenta na batalha contra a pandemia.

Noticia retirada do portal de noticias: Uol Noticias

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