PIX do Nubank proibido em ambientes públicos agita clientes

Nubank implantou uma nova medida de segurança que limitou o uso do PIX, TED e pagamento de boletos em locais públicos — resultando em queixas de milhões de clientes surpreendidos por bloqueios inesperados.

A funcionalidade, conhecida como Modo Rua, surgiu como resposta ao aumento de golpes envolvendo transações digitais em ambientes inseguros.

Por que essa mudança causou surpresa?

Até poucos dias atrás, muitos usuários não esperavam restrições na forma como realizam PIX, especialmente quando estão fora de suas redes seguras habituais.

Com o Modo Rua, transações acima de certos valores são automaticamente bloqueadas caso o celular não esteja conectado a uma rede Wi-Fi confiável, demandando reconhecimento facial para autorização — o que deixou muitos clientes sem entender o que estava acontecendo.

A intenção do recurso é justamente evitar que criminosos coajam vítimas a fazer transferências na hora de assalto ou em ambientes públicos, onde golpes são mais comuns.

Como funciona o “Modo Rua”?

O funcionamento é simples, mas impacta o uso no dia a dia:

  1. O cliente cadastra, no app, redes Wi-Fi que considera confiáveis (por exemplo, a de casa ou do trabalho).

  2. Quando estiver fora dessas redes, o Nubank impõe limites automáticos para transferências via PIX, TED ou boletos.

  3. Para valores acima do limite, o app exige reconhecimento facial como verificação adicional antes de concluir a operação.

Essa camada de segurança busca dificultar golpes que acontecem em locais movimentados, como terminais de transporte ou ruas cheias, onde agressores tentam pressionar as vítimas a transferirem dinheiro imediatamente.

Reações dos usuários do Nubank

A novidade provocou reação intensa nas redes sociais. Muitos clientes reclamaram que a medida prejudica pagamentos urgentes, como em lojas de rua ou aplicativos de mobilidade urbana, quando não dispõem de Wi-Fi confiável.

Por outro lado, especialistas em segurança digital enxergam o Modo Rua como uma evolução necessária, que prioriza a proteção financeira — embora ressaltem que a comunicação dessa funcionalidade precisa ser mais clara para evitar frustração dos usuários.

Analistas do setor bancário também destacam que o Nubank pode estar abrindo caminho para que outras instituições adotem protocolos semelhantes — possivelmente transformando essa abordagem em um novo padrão de segurança para o sistema de pagamentos digital.

Principais aspectos técnicos e impactos práticos

  • Origem da medida: o Modo Rua foi introduzido como reação ao avanço de golpes via smartphone, sobretudo em locais públicos, como forma de proteger o usuário.

  • Regulamentação: O Banco Central intensificou normas de segurança para o PIX, incentivando práticas como limitação de valores, autenticação biométrica e cuidados com chaves e links duvidosos.

  • Casos emblemáticos: Para clientes do Nubank Ultravioleta, transações acima de R$ 15 mil fora de redes seguras exigem reconhecimento facial — um exemplo de aplicação dos novos limites.

  • Instabilidades: Alguns usuários relataram instabilidade no serviço PIX nos últimos dias, o que aumentou a sensação de insegurança e a necessidade de mecanismos adicionais de proteção.

Orientações para os usuários

Para evitar bloqueios ou constrangimentos em situações do dia a dia, os clientes podem adotar estratégias simples:

  • Cadastrar suas redes de confiança (casa, trabalho) no aplicativo Nubank;

  • Evitar transações de valor elevado em redes públicas ou desconhecidas;

  • Antecipar pagamentos e compras em locais sem Wi-Fi seguro;

  • Estar preparado para autenticar o app via reconhecimento facial quando necessário.

Balanço: segurança versus conveniência

A implementação do Modo Rua no Nubank reflete uma tensão persistente entre segurança e comodidade nas finanças digitais. Em um país com alta incidência de golpes instantâneos, oferecer camadas extras de proteção é crucial.

Mas a mudança também demanda adaptação dos usuários, que precisam entender os novos protocolos para garantir que suas necessidades financeiras diárias não sejam atrapalhadas.

Botão Voltar ao topo