Novo salário mínimo de R$ 1.631 será pago a partir de janeiro de 2026; entenda os impactos

O governo federal incluiu no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 o reajuste do salário mínimo para R$ 1.631, representando um aumento de 7,44% sobre os atuais R$ 1.518.
O valor deverá ser adotado a partir de janeiro de 2026, com o primeiro pagamento sendo efetuado em fevereiro, seguindo a prática corrente.
A mudança impacta diretamente pagamentos de aposentadorias, pensões, BPC, abono salarial e programas sociais — e já está no debate sobre o orçamento federal.
Contexto e justificativa do reajuste do salário mínimo
A proposta de reajuste consta no PLOA 2026, que estima R$ 3,2 trilhões em despesas públicas para o ano — uma parte substancial disso será destinada a pagamentos obrigatórios, como aposentadorias, pensões e benefícios indexados ao salário mínimo, como o Bolsa Família.
O reajuste de 7,44% será resultante da soma da inflação projetada para 2025 (estima-se 3,6%) e do crescimento econômico recente (PIB de 3,4% em 2024), atendendo ao critério de preservar o poder de compra do salário real dos trabalhadores.
A forma de correção do salário mínimo está baseada em uma regra que autoriza incremento até 2,5% acima da inflação anual, como estratégia de mitigar impactos nas contas públicas e garantir sustentabilidade fiscal.
Cronograma estimado para entrada em vigor e pagamento
Historicamente, o novo valor do mínimo entra em vigor em 1º de janeiro, com o primeiro pagamento efetivamente realizado no mês seguinte — fevereiro.
Dado que a proposta está no PLOA 2026, uma vez aprovada, a aplicação seguirá esse padrão: a partir de janeiro, o valor válido será R$ 1.631. Em fevereiro, os trabalhadores, aposentados e beneficiários receberão o novo piso no pagamento mensal.
Esse calendário já é esperado por trabalhadores, previdenciários e gestores públicos para planejamento orçamentário.
Impactos sociais e setoriais
O reajuste do salário mínimo reflete-se em várias áreas:
Previdência e BPC: aposentadorias e pensões correspondentes ao mínimo terão reajuste automático. O BPC, voltado a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade, também será atualizado.
Abono salarial e seguro-desemprego: os valores desses benefícios máximos, usualmente equivalentes ao mínimo, serão reajustados para R$ 1.631.
Políticas sociais: parâmetros como teto do Cadastro Único, elegibilidade para programas sociais, qualificação econômica familiar e execução de bolsas e auxílios acompanharão o reajuste.
Esse aumento, além de beneficiar diretamente cidadãos que dependem do piso, traz reflexos positivos sobre o consumo e, indiretamente, sobre a economia. Mas há preocupação com o impacto orçamentário, especialmente nas despesas obrigatórias, exigindo ajustes dentro da sustentabilidade fiscal.
Sustentabilidade fiscal e desafios futuros
O PLOA 2026 aloca uma fatia significativa das despesas obrigatórias — aposentadorias, pensões e programas — baseando-se no teto orçamentário de R$ 3,2 trilhões.
A adoção da regra de correção (inflação + até 2,5%) busca conciliar a preservação do poder aquisitivo com a responsabilidade fiscal.
O reajuste de 7,44%, portanto, está alinhado com a meta de superávit primário e com a contenção de gastos, embora ele aumente as previsões de despesa com benefícios sociais.
O governo precisará ajustar despesas em outras áreas ou garantir receitas adicionais para acomodar o impacto. O uso do mecanismo orçamentário será decisivo para manter as contas em equilíbrio.
Também será fundamental a apreciação do Congresso, responsável por aprovar o PLOA, definindo o valor final do mínimo para 2026.
Guia prático para cidadãos e trabalhadores
Fique atento: o novo mínimo de R$ 1.631 entra em vigor em janeiro de 2026, com pagamento já em fevereiro.
Benefícios reajustados automaticamente: aposentadorias, pensões, BPC, seguro desemprego e abono salarial serão corrigidos — sem necessidade de ação do beneficiário.
Impacto familiar e no bolso: quem recebe o piso terá aumento de até R$ 113 por mês, o que pode ajudar no orçamento doméstico. Famílias abaixo da linha de pobreza também terão maior teto de renda para programas sociais.
Monitore o debate público e orçamentário: o valor ainda depende da aprovação orçamentária. Acompanhe notícias, audiências públicas e posicionamento de parlamentares.
Para milhões de brasileiros, esse reajuste traz alívio, com mais segurança financeira — especialmente para aposentados e famílias vulneráveis. Acompanhe a tramitação orçamentária, pois a definição final ainda depende do Congresso.