Consignado com FGTS inicia setembro com forte queda dos juros; veja como aproveitar

Em setembro de 2025, o empréstimo consignado com garantia do FGTS, oferecido pelo programa Crédito do Trabalhador, inicia o mês com redução significativa nos juros — de 3,48% ao mês no dia 1º para 2,62% em 4 de setembro.
A mudança reflete a migração de milhões de contratos antigos para a nova modalidade e a competição entre bancos.
A queda representa uma oportunidade atrativa para trabalhadores formais que buscam crédito mais barato com desconto em folha.
A trajetória da queda nas taxas do consignado do FGTS
O programa Crédito do Trabalhador, lançado em março de 2025, permite que empregados com carteira assinada contraiam empréstimos consignados com garantia do FGTS, destacando-se pelas taxas mais acessíveis em comparação ao consignado tradicional.
No início de setembro, a taxa média mensal dessa linha de crédito sofreu uma queda expressiva:
1º de setembro: 3,48%
2 de setembro: 2,64%
3 de setembro: 2,85%
4 de setembro: 2,62%
Essa curva descendente acentuada sinaliza uma resposta efetiva das instituições financeiras e reforça o apelo do programa diante dos trabalhadores formais.
Por que os juros do consignado caíram tanto?
A principal razão para a queda nos juros é a migração de contratos antigos de outras modalidades para o Crédito do Trabalhador — já são mais de R$ 15 bilhões migrados, elevando o saldo total do programa para R$ 46,5 bilhões em empréstimos ativos, beneficiando cerca de 5 milhões de trabalhadores com 7,8 milhões de contratos ativos.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, apontou que o fortalecimento do programa tem permitido reduzir juros, com o cuidado de não tolerar taxas abusivas.
A dinâmica competitiva entre bancos — ao enfrentarem migração em massa de cliente — também impulsiona a oferta de condições mais vantajosas.
Panorama histórico e comparação com outras linhas
Em julho de 2025, a média dos juros do consignado ao setor privado com garantia do FGTS era de aproximadamente 3,75% ao mês — já uma ligeira queda em relação ao mês anterior (3,79%) — mas ainda superior ao praticado para aposentados e servidores públicos (cerca de 1,8%).
Comparativamente, empréstimos pessoais não consignados chegavam a 6,14%, cheque especial a 7,33% e rotativo de cartão, 15,21% ao mês.
As recentes reduções, portanto, posicionam o consignado com FGTS como uma das opções mais vantajosas para quem dispõe do FGTS como garantia.
Implicações para o trabalhador
A queda dos juros reflete diretamente no custo do crédito ao consumidor formal: menos juros significa parcelas menores, mais chance de planejamento financeiro e acesso facilitado ao crédito. Além disso, com a queda, aumenta a atratividade dessa linha frente ao crédito pessoal tradicional.
A migração de contratos impulsionou redistribuição de mercado: grandes bancos como Itaú (R$10 bi), Santander (R$9 bi) e Banco do Brasil (R$7,3 bi) são os líderes em valores migrados.
A portabilidade prevista para iniciar em outubro, diretamente pela Carteira de Trabalho Digital, deve recriar movimentos de negociação ainda mais favoráveis.
Como aproveitar essa redução do consignado no FGTS
Compare ofertas: mesmo dentro do programa, taxas podem variar entre instituições; use a Carteira de Trabalho Digital ou canais oficiais para checar suas condições.
Considere portabilidade: em outubro, será possível migrar o contrato via app; isso pode resultar em taxas ainda mais competitivas.
Use com cautela: empréstimos consignados descontam automaticamente em folha. Priorize iniciativas que ajudem no controle orçamentário.
Planeje a contratação: se você já tinha um contrato em outra linha, migrar agora pode resultar em economia expressiva.
Conclusão
Com a taxa média do consignado com FGTS recuando para 2,62% ao mês em apenas quatro dias, o Crédito do Trabalhador reafirma seu papel como linha de crédito mais barata e moderna para trabalhadores formais.
A migração massiva de contratos e a entrada da Carteira de Trabalho Digital no processo de portabilidade criam um ambiente competitivo e favorável.
Se você busca crédito com juros menores e planejamento financeiro mais sustentável, vale a pena considerar essa modalidade — sempre com atenção às condições oferecidas.