Tabela do Imposto de Renda 2025: o que muda e como isso impacta os contribuintes

Confira um guia atualizado sobre a tabela do Imposto de Renda (IRPF) vigente em 2025, apresentando tanto a configuração anterior (até abril) quanto a nova estrutura válida a partir de maio de 2025, além de fornecer informações para o IR anual e projeções para 2026.
Situação da tabela do Imposto de Renda até abril de 2025
Até abril de 2025, a tabela do IRPF manteve as mesmas faixas que vinham sendo aplicadas desde 2024:
Até R$ 2.259,20 → isento;
R$ 2.259,21 a R$ 2.826,65 → 7,5%, dedução de R$ 169,44;
R$ 2.826,66 a R$ 3.751,05 → 15%, dedução de R$ 381,44;
R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68 → 22,5%, dedução de R$ 662,77;
Acima de R$ 4.664,68 → 27,5%, dedução de R$ 896,00.
Essa tabela orientava o cálculo mensal do IR retido na fonte (IRRF) e era essencial para contribuintes e empresas no fechamento da folha de pagamento.
Atualização vigente a partir de maio de 2025: nova faixa de isenção do Imposto de Renda
A partir de maio de 2025, com a Medida Provisória nº 1.294, houve um aumento na faixa de isenção:
Até R$ 2.428,80 → isento (índice corrigido);
R$ 2.428,81 a R$ 2.826,65 → 7,5%, dedução de R$ 182,16;
R$ 2.826,66 a R$ 3.751,05 → 15%, dedução de R$ 394,16;
R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68 → 22,5%, dedução de R$ 675,49;
Acima de R$ 4.664,68 → 27,5%, dedução de R$ 908,73.
Essa mudança visa manter a política de isenção para contribuintes que recebem até dois salários mínimos, atualmente equivalentes a R$ 3.036 mensais.
Implicações práticas para o cálculo do IR
1. Alívio imediato para quem tem rendimento baixo
A ampliação da faixa de isenção mensal diminui o imposto retido na fonte para trabalhadores de baixa renda, beneficiando especialmente quem estava próximo ao limite anterior.
2. Planejamento financeiro mais eficiente
Com os valores mais altos antes da entrada em cobrança, contribuintes podem esperar maior liquidez mensal, o que facilita a gestão de despesas e investimentos pessoais.
3. Atenção às obrigações anuais
A mudança só impacta a declaração de IR em 2026, referente aos rendimentos de 2025. Até lá, contribuintes seguem declarando conforme a tabela anterior.
IRPF anual: alíquotas aplicadas na declaração
Para o exercício 2025 (ano-base 2024), a tabela anual do IRPF é:
Até R$ 26.963,20 → isento;
R$ 26.963,21 a R$ 33.919,80 → 7,5%, dedução de R$ 2.022,24;
R$ 33.919,81 a R$ 45.012,60 → 15%, dedução de R$ 4.566,23;
R$ 45.012,61 a R$ 55.976,16 → 22,5%, dedução de R$ 7.942,17;
Acima de R$ 55.976,16 → 27,5%, dedução de R$ 10.740,98.
Adicionam-se deduções importantes como R$ 2.275,08 por dependente, R$ 3.561,50 para educação e R$ 16.754,34 como desconto simplificado anual.
Desconto simplificado e faixa efetiva de isenção
O desconto simplificado de 25% sobre a renda (até os limites anuais previstos) continua sendo vantajoso para quem tem poucas despesas dedutíveis, garantindo isenção para rendimentos mensais até R$ 2.824,00.
Panorama legislativo: isenção até R$ 5 mil em discussão
Há um projeto (PL 1.087/2025A) aprovado em comissão que propõe elevar a faixa de isenção mensal para até R$ 5.109,55, mas só entraria em vigor em 2026, caso seja aprovado.
Tabela comparativa
Situação | Faixa de Isenção Mensal | Destaca-se |
---|---|---|
Até abril de 2025 | R$ 2.259,20 | Estrutura antiga |
A partir de maio de 2025 (IRRF) | R$ 2.428,80 | Benefício imediato nos salários |
Com desconto simplificado (~25%) | R$ 3.036,00 | Isenção prática aplicada |
Proposta futura (pl 2026) | R$ 5.109,55 | Em tramitação na Câmara |
A tabela do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) passou por uma atualização importante em maio de 2025, ampliando a faixa de isenção de R$ 2.259,20 para R$ 2.428,80 mensais — com impacto direto no orçamento mensal dos contribuintes de menor renda. Esse ajuste valerá para retenções em 2025 e influenciará a declaração de 2026.
Para o IR anual de 2025 (ano-base 2024), permanecem as alíquotas progressivas e as deduções previstas. O desconto simplificado segue sendo um aliado estratégico para quem busca reduzir a base tributável com praticidade.
Fica também no radar a proposta de elevar a isenção para R$ 5 mil a partir de 2026, ainda em aprovação.