Alívio no bolso! INSS lança novo benefício e brasileiros comemoram

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) acaba de confirmar oficialmente a criação de um novo benefício voltado a um grupo específico de segurados.

A medida representa um importante avanço na política de proteção social no Brasil e pode impactar positivamente a vida de milhares de trabalhadores e aposentados.

Alívio no bolso! INSS lança novo benefício e brasileiros comemoram. Foto: Reprodução

Com a publicação da portaria no Diário Oficial da União, o benefício já está em vigor, e os critérios de concessão foram detalhados pelo órgão.

Novo benefício do INSS: o que foi confirmado?

O INSS confirmou a implementação do Auxílio-Reabilitação Profissional, uma política que visa apoiar segurados que, após se afastarem por motivo de doença ou acidente, não conseguem retornar à mesma função de antes, mas ainda têm capacidade para exercer outras atividades laborais.

A proposta é oferecer suporte técnico, psicológico e profissional para reinserção no mercado de trabalho, garantindo uma transição segura e adequada.

O novo benefício prevê ajuda financeira durante o processo de reabilitação, o que garante ao segurado condições mínimas para manutenção de sua subsistência.

Quem tem direito ao novo benefício?

O Auxílio-Reabilitação Profissional será concedido a segurados que:

  • Estavam recebendo Auxílio-Doença (Benefício por Incapacidade Temporária) ou aposentadoria por invalidez, mas que passaram por reavaliação médica e tiveram constatada capacidade parcial para o trabalho;

  • Não possuem condição de retornar à atividade anterior;

  • Apresentam potencial de reintegração ao mercado em nova função, mediante acompanhamento e capacitação profissional.

Ou seja, não se trata de um novo benefício universal, mas sim de uma alternativa ao fim do Auxílio-Doença, quando o segurado ainda precisa de assistência para voltar ao mercado.

Como funciona o processo de concessão?

A concessão será feita em três etapas principais:

  1. Avaliação médica e funcional: realizada por peritos do INSS, que determinarão se o segurado tem capacidade para outras funções além da que exercia antes;

  2. Plano Individual de Reabilitação: desenvolvido por técnicos da Previdência Social, com metas, cursos e suporte adaptado a cada caso;

  3. Pagamento do benefício: durante o período de reabilitação, o segurado receberá um valor mensal, equivalente a 100% do auxílio-doença anterior, até o fim do programa ou sua reinserção formal no mercado.

Além disso, o benefício pode ser acumulado com cursos profissionalizantes gratuitos e apoio psicossocial, custeado pelo Governo Federal.

Quais são os valores e duração do novo benefício?

Segundo o INSS, o valor do Auxílio-Reabilitação Profissional será baseado no último valor do benefício por incapacidade recebido pelo segurado, respeitando o teto do INSS (R$ 7.786,02 em 2025).

A duração varia conforme o plano individual, mas está limitada a um prazo máximo de 24 meses. Caso o segurado conclua a reabilitação antes disso, o pagamento é encerrado no ato da reinserção no mercado formal.

Impacto social e econômico da medida

A criação do benefício é vista como uma estratégia de modernização do sistema previdenciário, incentivando a reabilitação em vez da aposentadoria por invalidez permanente, que tem custos elevados aos cofres públicos.

Segundo estimativas da Secretaria da Previdência, a medida pode reduzir em até 18% o número de aposentadorias por invalidez em médio prazo, com projeção de economia de R$ 2,5 bilhões ao ano, ao mesmo tempo em que recupera a autoestima e a produtividade de trabalhadores que desejam voltar ao mercado.

Especialistas avaliam positivamente a novidade

Para especialistas em previdência social e saúde do trabalhador, a medida é bem-vinda, desde que venha acompanhada de estrutura adequada para implementação.

“É uma iniciativa moderna, alinhada com práticas internacionais, que apostam na reabilitação e reinserção antes de conceder aposentadoria permanente. Mas para funcionar, precisa haver investimento em capacitação técnica e acompanhamento efetivo”, afirma o advogado previdenciário Marcos Diniz.

A fisioterapeuta do trabalho Fernanda Rocha ressalta a importância do componente psicológico:

“Muitos trabalhadores enfrentam o medo de não conseguirem voltar ao mercado. Com apoio psicológico e capacitação, essa transição se torna possível. O novo benefício tem o potencial de transformar vidas.”

Como solicitar o novo benefício?

O pedido deverá ser feito diretamente pelo aplicativo ou site “Meu INSS”, após a finalização do processo de reavaliação do auxílio por incapacidade. O caminho será o seguinte:

  1. Acesse o site do Meu INSS ou o aplicativo;

  2. Faça login com seu CPF e senha gov.br;

  3. Clique em “Agendamentos/Solicitações”;

  4. Selecione a opção “Reabilitação Profissional”;

  5. Aguarde contato do INSS com as orientações para avaliação e elaboração do plano.

Importante: o próprio INSS poderá oferecer o benefício de forma automática, caso a perícia médica recomende a reabilitação em vez da alta definitiva ou aposentadoria.

Quais documentos são necessários?

Para agilizar o processo, o segurado deve apresentar:

  • Documentos pessoais (RG, CPF);

  • Laudos médicos atualizados;

  • Atestados de tratamento;

  • Comprovantes de qualificação anterior;

  • Histórico profissional.

O INSS pode solicitar exames complementares ou relatórios de acompanhamento psicológico.

O que acontece se o segurado não aceitar a reabilitação?

Caso o segurado se recuse a participar do programa sem justificativa, ele pode perder o direito ao benefício financeiro. O INSS entende que a recusa injustificada configura desistência do processo de reabilitação, o que resulta na cessação dos pagamentos.

Entretanto, casos com razões médicas ou sociais devidamente comprovadas serão avaliados individualmente.

Governo vê medida como avanço para o país

A ministra da Previdência Social, Simone Tebet, celebrou a confirmação do novo benefício:

“O Auxílio-Reabilitação é mais do que um pagamento. É uma ponte para que brasileiros que passaram por traumas físicos ou emocionais possam reencontrar seu espaço no mercado de trabalho com dignidade. É o Estado olhando para quem mais precisa.”

A medida faz parte de um pacote de revisão dos programas de benefícios por incapacidade, lançado em 2025, que inclui também a modernização dos critérios de perícia e maior integração com o Sistema Único de Saúde (SUS).

Críticas e desafios

Apesar da recepção majoritariamente positiva, o novo benefício também enfrenta desafios e críticas:

  • Falta de estrutura técnica: muitos municípios não contam com equipes especializadas para acompanhar a reabilitação;

  • Baixa divulgação: muitos segurados ainda desconhecem a existência e as regras do novo programa;

  • Burocracia: a lentidão no agendamento de perícias pode atrasar o início do benefício.

Organizações da sociedade civil pedem transparência nos critérios de concessão e metas claras de reinserção.

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