Fim do Windows 10: Microsoft encerra suporte e alerta usuários

A Microsoft anuncia oficialmente nesta terça-feira (14) o encerramento do suporte ao Windows 10, sistema operacional que marcou uma era na computação pessoal e corporativa.
Lançado em julho de 2015, o Windows 10 se tornou um dos sistemas mais usados do mundo, com milhões de usuários em desktops, notebooks e dispositivos híbridos. Com o fim do suporte, a Microsoft deixa de fornecer atualizações de segurança, correções de bugs e suporte técnico para o sistema, o que gera preocupações para usuários domésticos e empresas.
O anúncio do fim do suporte não chega como surpresa: a empresa já havia comunicado, desde 2021, que o Windows 10 teria sua vida útil limitada a 10 anos. A decisão faz parte da estratégia da Microsoft de direcionar os usuários para o Windows 11, lançado em 2021, que traz novas funcionalidades e maior integração com a nuvem e ferramentas de produtividade.
Impactos para usuários domésticos
Para usuários domésticos, o fim do suporte significa que computadores com Windows 10 deixarão de receber atualizações de segurança. Isso expõe os dispositivos a vulnerabilidades conhecidas e potenciais ataques cibernéticos. Especialistas alertam que continuar usando o Windows 10 sem atualizações representa risco de perda de dados, roubo de informações pessoais e maior exposição a malwares.
Embora os programas instalados no Windows 10 continuem funcionando, é provável que, ao longo do tempo, alguns softwares deixem de ser compatíveis com o sistema. Fabricantes de aplicativos, como navegadores, antivírus e softwares de produtividade, tendem a concentrar seus esforços de atualização apenas em sistemas que ainda recebem suporte oficial.
Segundo dados da StatCounter, em setembro de 2025, cerca de 17% dos desktops em todo o mundo ainda operavam com Windows 10, o que corresponde a dezenas de milhões de computadores. Entre esses, muitos são usados em residências e pequenas empresas que não migraram para o Windows 11 por limitações de hardware ou custo.
Consequências para empresas
O impacto do fim do suporte é ainda mais significativo no ambiente corporativo. Empresas que dependem de sistemas legados ou que possuem infraestrutura de TI complexa precisam avaliar cuidadosamente o cronograma de migração para o Windows 11 ou alternativas de atualização. A manutenção de sistemas sem suporte aumenta o risco de falhas de segurança, o que pode resultar em prejuízos financeiros e comprometer dados confidenciais de clientes.
Para organizações que usam soluções corporativas da Microsoft, como o Office 365, a recomendação é atualizar para sistemas suportados para garantir compatibilidade e receber suporte técnico completo. Algumas empresas optam por contratos de suporte estendido, oferecidos pela Microsoft, que permitem continuar recebendo atualizações críticas por um período limitado, porém, essa alternativa geralmente envolve custos adicionais.
Como se preparar para a transição
Especialistas em tecnologia recomendam algumas medidas para quem ainda utiliza o Windows 10:
Verificar compatibilidade: Antes de migrar para o Windows 11, é necessário confirmar se o hardware do computador atende aos requisitos mínimos do novo sistema, incluindo processador compatível, memória RAM e capacidade de armazenamento.
Backup de dados: Realizar backups completos dos arquivos é essencial. Caso haja problemas durante a atualização, os dados podem ser restaurados sem perda.
Planejamento da migração: Para empresas, é importante definir um cronograma de atualização gradual, priorizando computadores críticos e garantindo que todos os softwares utilizados sejam compatíveis.
Considerar alternativas: Em alguns casos, empresas ou usuários podem optar por sistemas operacionais diferentes, como distribuições Linux, que oferecem segurança e atualizações contínuas.
Razões para migrar para o Windows 11
O Windows 11 oferece uma série de melhorias em relação ao Windows 10, incluindo maior segurança, interface mais moderna e integração com a nuvem. Entre os destaques do novo sistema estão:
Segurança aprimorada: Recursos como inicialização segura, proteção contra ransomware e criptografia de dados garantem maior proteção para usuários e empresas.
Integração com o Microsoft 365: Facilita o acesso a documentos, ferramentas de produtividade e colaboração em nuvem.
Atualizações contínuas: O Windows 11 recebe atualizações regulares que incluem melhorias de desempenho e novas funcionalidades.
Design renovado: Com um menu Iniciar centralizado, aplicativos ancorados e suporte a widgets, o Windows 11 busca tornar a experiência mais intuitiva.
Apesar das vantagens, a migração para o Windows 11 exige atenção. Computadores mais antigos podem não atender aos requisitos mínimos, o que pode implicar na necessidade de investir em novos equipamentos. Além disso, empresas devem garantir que todos os softwares críticos sejam compatíveis com o novo sistema.
História do Windows 10
Lançado em 29 de julho de 2015, o Windows 10 representou uma evolução em relação ao Windows 8, trazendo de volta o menu Iniciar e unificando experiências para desktops, notebooks e tablets. Durante seus dez anos de vida, o sistema recebeu diversas atualizações, incluindo melhorias de segurança, recursos de produtividade e integração com a assistente virtual Cortana.
O Windows 10 também se destacou por ser um sistema adotado em larga escala por empresas, escolas e governos. Sua popularidade se deveu à estabilidade, compatibilidade com softwares existentes e suporte estendido pela Microsoft, que ofereceu atualizações gratuitas durante o primeiro ano de lançamento.
Riscos de continuar usando o Windows 10 após o fim do suporte
O uso do Windows 10 após o fim do suporte apresenta riscos concretos. Sem atualizações de segurança, os sistemas ficam vulneráveis a ataques cibernéticos que exploram falhas conhecidas. Isso inclui vírus, malwares e ataques de ransomware, que podem criptografar arquivos e exigir pagamento de resgate.
Além disso, navegadores e aplicativos podem deixar de funcionar corretamente, e o suporte técnico da Microsoft não estará mais disponível. Para empresas, isso pode significar violações de normas de segurança e perda de certificações importantes para operar em determinados setores.