Mutirão oferece nova Carteira de Identidade Nacional; veja como funciona hoje (28)

Nas últimas semanas, diversas cidades brasileiras — em parceria com órgãos públicos estaduais e municipais — têm promovido mutirões para emissão da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN).
A mobilização, anunciada em 21 de julho de 2025, busca ampliar o acesso à documentação padronizada, digital e gratuita, fortalecendo a cidadania no país.
O que é a nova Carteira de Identidade Nacional?
Implementada oficialmente em 2022, a CIN substitui o antigo RG de cada estado, adotando o CPF como número único de identificação do cidadão e seguindo um padrão nacional físico e digital.
O novo documento pode ser fornecido em papel filigranado, cartão de policarbonato ou em versão digital, com QR Code e Machine Readable Zone (MRZ) — trecho legível por máquinas — favorecendo a autenticidade e aceitação fora do país.
Como funcionam os mutirões para emissão da Carteira de Identidade Nacional?
Conforme noticiado, o modelo de atendimento intensivo envolve postos itinerantes ou temporários em ginásios de esportes, praças e centros comunitários.
Um exemplo recente aconteceu em Conselheiro Lafaiete (MG), com atendimento nos dias 21 e 22 de julho, das 8h às 17h, no Ginásio Poliesportivo Agostinho Campos Neto. Esses mutirões oferecem atendimento gratuito para a emissão da primeira via da nova Carteira de Identidade Nacional.
O formato “Mutirão da Cidadania” reúne equipes da Secretaria de Segurança Pública, cartórios, além de parceiros como CRAS, Defensoria Pública, guardas municipais e voluntários — cuja missão é facilitar a documentação pelo cidadão.
Público‑alvo e critérios de elegibilidade para expedir a CIN
O mutirão é aberto à população em geral, com foco em pessoas que ainda não possuem RG padronizado ou cuja identidade antiga está prestes a perder validade.
Também é prioridade para idosos, moradores de áreas remotas e pessoas com dificuldades de acesso a centros institucionais regulares.
Não há cobrança de taxas nos dias de mutirão, pois trata-se da primeira via gratuita, conforme determinações federais que consideram o documento essencial ao exercício de direitos sociais.
Documentos exigidos e preparação
Para retirar a nova identidade no mutirão, o cidadão deve apresentar:
Certidão de nascimento ou casamento, original;
CPF, caso possua (não obrigatório, mas facilita a emissão);
Comprovante de residência atualizado;
Foto 3×4 recente (opcional, em muitos mutirões é feita no local);
Documento de identidade anterior, se houver.
Em alguns locais são emitidos terminais de captura de biometria, e ao final o cidadão recebe um protocolo com QR Code para acessar o documento digital pelo app oficial.
A importância da padronização nacional
A Carteira de Identidade Nacional representa um avanço significativo na modernização da identificação civil no Brasil:
Adota um número único (CPF), eliminando duplicidades e fraudes;
Estabelece um padrão nacional físico e digital, garantindo maior segurança e interoperabilidade entre estados;
Permite versão digital com QR Code e MRZ, facilitando validação por órgãos públicos, bancos e viagens ao exterior;
Inclui biometria, fotografia e assinatura no documento, reforçando autenticidade.
Essas vantagens aproximam o Brasil de modelos internacionais de identidade nacional, como o DNI português e os cartões de identidade digitalizados já adotados em países europeus.

Resultados e impactos nas cidades atendidas
Em Conselheiro Lafaiete, o mutirão atraiu grande movimento: centenas de pessoas atenderam ao chamado nos dois dias, o que demonstra a demanda reprimida por documentação oficial Conselheiro.
Segundo o jornal local, o evento foi considerado “um sucesso” e reforçou o compromisso institucional com a cidadania.
Mutirões anteriores — ainda que em menor escala — serviram de piloto, resultando na emissão de cerca de 100 carteiras gratuitas.
Com o aumento da mobilização e maior divulgação, agora o alcance é ampliado, com expectativa de milhares de atendimentos mensais em variados municípios.
Desafios e próximos passos
Apesar dos avanços, o programa enfrenta desafios:
Cobertura territorial: levar essas ações a pequenas cidades e interior profundo requer esforço logístico e coordenação entre esferas de governo.
Conscientização: muitos cidadãos ainda desconhecem os prazos finais para adequação ao novo documento.
Capacidade técnica: garantir que os locais de mutirão disponham de equipamentos confiáveis (captura biométrica, internet, energia).
Pós‑atendimento: apoios para quem precisa cadastrar versão digital, alterar nome social, atualizar endereço etc.
Para mitigar esses obstáculos, autoridades locais estão promovendo campanhas de rádio, distribuição de panfletos e parceria com escolas e associações comunitárias para mobilizar a população.
Como acompanhar novos mutirões
Para não perder os próximos mutirões, o cidadão pode:
Acompanhar o site e redes sociais da página FatoReal, que divulga datas e locais de forma atualizada;
Seguir o portal da SSP estadual e prefeituras locais para calendários e manuais;
Acessar o app e o site da CIN digital, onde futuras datas e pontos de atendimento são anunciados.