De celulares para IAs: como a internet infantil mudou em 2025

Em 2025, o cenário digital infantojuvenil no Brasil apresenta transformações significativas. A pesquisa TIC Kids Online Brasil, conduzida pelo Cetic.br | NIC.br, revela que 65% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos utilizam ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa em suas rotinas diárias, seja para estudar, criar conteúdo ou lidar com questões emocionais.

O papel crescente da IA no cotidiano infantojuvenil

Entre os usuários de IA, 59% a utilizam para realizar pesquisas escolares, 42% para buscar informações de interesse pessoal, 21% para criar conteúdo e 10% para conversar sobre problemas pessoais ou emoções. Esse uso crescente de IA reflete uma mudança nas práticas digitais das novas gerações, que incorporam tecnologias avançadas em suas atividades cotidianas.

Mudanças no uso de celulares e redes sociais

Paralelamente, observa-se uma redução no uso de celulares e redes sociais entre crianças e adolescentes. A proporção de usuários dessa faixa etária que acessa a internet nas escolas caiu de 51% para 37% em 2025, possivelmente devido à implementação de leis que restringem o uso de celulares nas instituições de ensino. Além disso, o uso de redes sociais entre crianças de 9 a 10 anos diminuiu de 50% em 2023 para 33% em 2025, retornando a níveis semelhantes aos observados antes da pandemia.

A importância da mediação parental

Apesar do aumento no uso de IA, a pesquisa também destaca a necessidade de mediação parental. Cerca de 45% das crianças e adolescentes de 9 a 17 anos tiveram contato com publicidade não apropriada para a idade, e 51% solicitaram produtos após exposição a propagandas online. Esses dados ressaltam a importância da supervisão dos pais e responsáveis no ambiente digital, especialmente diante da crescente exposição a conteúdos publicitários e comerciais.

Desafios e oportunidades

O cenário atual apresenta desafios e oportunidades. Por um lado, a utilização de IA oferece ferramentas poderosas para o aprendizado e expressão pessoal. Por outro, a redução no uso de celulares e redes sociais pode indicar uma busca por experiências digitais mais equilibradas e saudáveis. É fundamental que pais, educadores e políticas públicas trabalhem juntos para garantir que as crianças e adolescentes naveguem no ambiente digital de forma segura, ética e construtiva.

Em resumo, em 2025, as crianças brasileiras estão cada vez mais imersas em um mundo digital onde a inteligência artificial desempenha um papel central, enquanto o uso de celulares e redes sociais sofre transformações significativas. Esse panorama exige uma reflexão contínua sobre como equilibrar os benefícios da tecnologia com a proteção e o bem-estar das novas gerações.

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