Alerta da Meta: veja como fugir dos golpes que se espalham pelo WhatsApp e Instagram

Nos últimos anos, os golpes virtuais se tornaram um dos maiores desafios para quem utiliza redes sociais e aplicativos de mensagens. Plataformas como WhatsApp, Instagram e Facebook, que fazem parte do ecossistema da Meta, são frequentemente exploradas por criminosos digitais que buscam enganar usuários e roubar dados, senhas e até dinheiro.

Diante desse cenário, a empresa responsável pelos três serviços decidiu lançar uma nova campanha educativa voltada à segurança digital, explicando como reconhecer e evitar as principais armadilhas que circulam nesses espaços.

A ação foi divulgada pela própria Meta em suas redes e em seu blog oficial, com foco em educar os usuários sobre práticas seguras e aumentar a conscientização diante do crescimento dos golpes de engenharia social — aqueles em que os criminosos manipulam pessoas para obter informações confidenciais.

O aumento dos golpes nas redes sociais

De acordo com dados da empresa de cibersegurança Kaspersky, o Brasil está entre os cinco países com maior número de tentativas de fraude online no mundo. Só em 2024, foram registradas mais de 1,2 milhão de tentativas de phishing (técnica que tenta enganar o usuário para que ele forneça dados pessoais) envolvendo redes sociais e aplicativos de mensagens.

Esses golpes assumem várias formas: desde mensagens falsas prometendo prêmios ou “resgates de pontos de fidelidade” até links maliciosos enviados por contatos hackeados. Em muitos casos, o golpista se passa por uma empresa ou pessoa de confiança, tornando difícil perceber que se trata de uma armadilha.

A Meta reconhece que, embora invista constantemente em ferramentas de segurança e verificação, o fator humano ainda é o elo mais vulnerável. “Nenhuma tecnologia é 100% eficaz se o usuário não estiver atento”, reforçou a empresa em comunicado.

Como a Meta está agindo

Para combater a crescente onda de fraudes, a Meta vem ampliando seus recursos de segurança e lançando campanhas educativas voltadas a diferentes públicos. No novo guia publicado em 2025, a empresa reúne dicas práticas de proteção, explicando de forma simples como identificar sinais de golpes e o que fazer em caso de suspeita.

Entre as principais medidas estão:

  • Autenticação de dois fatores (2FA): ativar esse recurso é uma das formas mais eficazes de impedir que criminosos acessem contas mesmo que consigam a senha.

  • Verificação de contas oficiais: sempre checar se o perfil possui o selo de verificação (✔️), especialmente no Instagram e Facebook.

  • Desconfiança de links suspeitos: nunca clicar em URLs enviadas por mensagens privadas, principalmente se o remetente pedir urgência ou recompensas.

  • Evitar compartilhamento de códigos: golpistas frequentemente pedem o código de verificação do WhatsApp — nenhum funcionário da Meta faz esse tipo de solicitação.

  • Denúncia imediata: o usuário pode e deve usar as ferramentas internas de denúncia quando suspeitar de atividade fraudulenta.

Golpes mais comuns no WhatsApp

O WhatsApp é, disparadamente, o aplicativo mais explorado por criminosos. Segundo a própria Meta, as principais táticas usadas incluem:

  1. Golpe do código de verificação — o mais conhecido, em que o criminoso tenta se passar por um contato pedindo o código de autenticação enviado por SMS.

  2. Falso suporte técnico — fraudadores afirmam ser representantes do WhatsApp e pedem dados pessoais sob pretexto de “verificar conta”.

  3. Mensagens com links falsos de promoções — supostas campanhas de grandes marcas que redirecionam para sites clonados.

  4. Golpes de empréstimo e PIX — contatos hackeados pedem transferências urgentes, alegando emergências.

A Meta reforça que nenhum de seus canais oficiais faz contato via mensagem privada para pedir informações sensíveis ou oferecer vantagens. Toda comunicação da empresa ocorre por meio de canais autenticados, dentro dos próprios aplicativos.

Cuidados específicos no Instagram

O Instagram também é alvo frequente de golpes, especialmente aqueles que exploram curiosidade e vaidade dos usuários. Um dos mais populares é o chamado “golpe do verificado”, no qual golpistas prometem conceder o selo azul em troca de pagamento ou envio de dados.

Outros ataques comuns envolvem links para sorteios falsos, mensagens diretas simulando parcerias comerciais e roubo de contas de influenciadores. Ao tomar controle de um perfil com muitos seguidores, os criminosos passam a aplicar golpes em larga escala, explorando a confiança do público.

A Meta recomenda ativar a verificação de login e revisar regularmente as sessões ativas, para garantir que nenhuma pessoa desconhecida esteja logada na conta. Também orienta a evitar compartilhar credenciais fora do aplicativo — mesmo por e-mail.

Facebook continua sendo alvo de fraudes

Apesar de perder espaço entre os mais jovens, o Facebook ainda concentra grande número de golpes, especialmente em grupos de compra e venda. Falsos vendedores anunciam produtos com preços atrativos, exigem pagamento antecipado e somem logo em seguida.

Outra prática recorrente é o phishing via anúncios patrocinados: anúncios falsos que levam a sites idênticos aos de lojas conhecidas, onde o usuário acaba inserindo seus dados bancários. Para evitar esse tipo de fraude, a Meta recomenda verificar sempre o link original e desconfiar de preços muito abaixo do mercado.

O papel da educação digital

Para a Meta, a educação digital é uma das armas mais poderosas contra o cibercrime. A empresa mantém parcerias com organizações de segurança cibernética e ONGs de inclusão digital, promovendo cursos e oficinas sobre uso responsável da internet e proteção de dados pessoais.

Uma das iniciativas mais recentes é o programa “Pense Antes de Clicar”, criado para ajudar jovens e idosos — grupos frequentemente visados — a reconhecer sinais de golpe online. O conteúdo é gratuito e pode ser acessado no Centro de Segurança da Meta, disponível em português.

Além disso, a companhia tem investido em inteligência artificial para detectar atividades suspeitas automaticamente. Segundo a empresa, milhões de contas falsas são bloqueadas todos os dias antes mesmo de conseguirem interagir com usuários reais.

Especialistas reforçam: atenção é fundamental

Especialistas em segurança digital afirmam que, embora as ferramentas da Meta sejam eficientes, a responsabilidade final pela proteção de dados ainda recai sobre o usuário. “O golpe mais eficaz é aquele que convence a vítima a agir por impulso”, explica o analista de cibersegurança Leandro Silva.

Segundo ele, a melhor defesa é sempre a desconfiança saudável: “Se algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente é. Mensagens com senso de urgência, promoções irresistíveis e links encurtados são alertas vermelhos claros.”

Silva recomenda também não reutilizar senhas entre plataformas e manter o aplicativo sempre atualizado, já que as versões mais recentes incluem correções de segurança importantes.

O que fazer se você cair em um golpe

Caso o usuário perceba que foi vítima de fraude, a Meta orienta que as ações sejam imediatas:

  1. Mudar a senha do serviço comprometido.

  2. Ativar a autenticação em duas etapas, se ainda não estiver habilitada.

  3. Avisar contatos próximos, alertando sobre possíveis mensagens falsas enviadas em seu nome.

  4. Denunciar a conta ou mensagem diretamente nos aplicativos.

  5. Registrar boletim de ocorrência, principalmente em casos de perda financeira.

A empresa lembra que, no caso do WhatsApp, há a possibilidade de recuperar o acesso à conta através do e-mail de verificação e do suporte técnico oficial disponível no site.

Proteção digital é hábito, não apenas ferramenta

No fim das contas, proteger-se contra golpes digitais exige mais do que tecnologia — é uma questão de comportamento e atenção constante. A Meta afirma que continuará aprimorando seus sistemas de segurança, mas ressalta que o primeiro passo deve vir do próprio usuário.

A recomendação é simples, mas eficaz: não compartilhar códigos, desconfiar de urgências e confirmar sempre com a pessoa ou empresa antes de agir.

Em tempos em que os criminosos digitais se tornam cada vez mais criativos, a informação segue sendo o escudo mais poderoso. Como diz o lema da nova campanha da Meta: “Um clique consciente vale mais do que mil promessas falsas.”

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