Apple aposenta 5 modelos de iPhone – saiba se o seu está incluso

A cada ano, quando a Apple lança uma nova atualização do seu sistema operacional, surge a dúvida: quais modelos de iPhone continuarão recebendo suporte e quais serão “abandonados”? Essa prática, que já se tornou uma rotina para os usuários da marca, está novamente em evidência após a divulgação da lista de aparelhos que ficarão de fora da próxima versão do iOS.
Segundo informações divulgadas recentemente, cinco modelos de iPhone deixarão de receber atualizações oficiais da Apple, o que inclui não apenas novos recursos, mas também importantes pacotes de segurança. A notícia preocupa quem ainda utiliza esses aparelhos no dia a dia, já que a falta de suporte oficial pode impactar tanto a usabilidade quanto a segurança dos dispositivos.
Quais são os modelos que perderão suporte?
De acordo com especialistas em tecnologia e vazamentos que antecipam os planos da Apple, os cinco modelos de iPhone que serão descontinuados com a chegada do próximo iOS são:
iPhone XR
iPhone XS
iPhone XS Max
iPhone 11
iPhone SE (2ª geração)
Esses aparelhos foram lançados entre 2018 e 2020 e, até hoje, representavam boas opções para quem buscava custo-benefício dentro do ecossistema da Apple. No entanto, a empresa já se prepara para dar mais atenção a modelos mais recentes, que contam com chips mais modernos e maior capacidade de lidar com as novas tecnologias incorporadas ao sistema.
Por que a Apple “abandona” alguns iPhones?
O ciclo de suporte da costuma durar entre cinco e sete anos após o lançamento de cada aparelho. Isso significa que, após esse período, o dispositivo pode deixar de receber atualizações, mesmo que ainda funcione perfeitamente.
A principal justificativa da empresa é a limitação de hardware. Novos recursos de software exigem processadores mais potentes, câmeras atualizadas e maior capacidade de memória, algo que os modelos antigos já não conseguem entregar de forma satisfatória.
Além disso, a Apple segue uma estratégia clara: ao retirar o suporte dos modelos mais antigos, estimula os consumidores a migrar para aparelhos mais recentes, garantindo a renovação do mercado e o crescimento nas vendas.
O impacto para os usuários
Para quem possui um dos iPhones da lista, a notícia pode gerar apreensão. Afinal, o que significa na prática ficar sem atualizações do iOS?
Ausência de novos recursos: os usuários não terão acesso às novidades anunciadas pela Apple, como melhorias em inteligência artificial, personalização do sistema ou integração com novos dispositivos.
Falhas de segurança: este é o ponto mais crítico. Sem as atualizações, os aparelhos deixam de receber correções contra vulnerabilidades, tornando-os mais expostos a ataques cibernéticos.
Compatibilidade com aplicativos: com o passar do tempo, muitos apps deixam de oferecer suporte a versões antigas do iOS. Isso pode impedir que usuários de iPhones descontinuados baixem ou atualizem programas importantes, incluindo redes sociais, bancos e aplicativos de mensagens.
Desvalorização no mercado de usados: aparelhos que perdem o suporte da Apple tendem a cair de preço rapidamente. Assim, quem pensa em vender ou trocar seu iPhone pode ver seu valor de revenda despencar.
Os modelos mais afetados
Entre os modelos listados, o iPhone 11 talvez seja o mais impactante. Lançado em 2019, ele foi um grande sucesso de vendas no Brasil e em diversos outros países, consolidando-se como um dos iPhones mais populares da década. Muitos consumidores ainda utilizam esse aparelho como principal, já que sua câmera dupla e o chip A13 Bionic continuam oferecendo desempenho satisfatório para tarefas cotidianas.
Já o iPhone SE (2ª geração), lançado em 2020, também chama a atenção. Apesar de ser mais novo do que outros modelos da lista, ele deve ficar de fora por conta das limitações do chip A13 e do design mais antigo, baseado no iPhone 8.
O que os usuários podem fazer?
Diante da situação, quem possui um dos modelos “abandonados” pela Apple tem algumas alternativas:
Continuar usando o aparelho: nada impede que o usuário siga utilizando o iPhone normalmente. Ele continuará funcionando, mas com as limitações citadas.
Investir em um modelo mais recente: para quem valoriza segurança e acesso às novidades, a troca por um aparelho atualizado pode ser a melhor saída.
Optar por aparelhos recondicionados: versões “seminovas” de iPhones mais recentes costumam ter preços mais acessíveis do que os lançamentos, sendo uma opção interessante.
Estratégia da Apple e comparação com rivais
A prática de descontinuar modelos antigos não é exclusiva da Apple, mas a empresa se destaca por oferecer suporte por mais tempo em relação a concorrentes. Enquanto muitos fabricantes de smartphones Android garantem apenas dois ou três anos de atualizações, a Apple consegue manter seus aparelhos atualizados por até sete anos.
Essa longevidade é um dos fatores que explicam a fidelidade dos usuários da marca. No entanto, quando o suporte finalmente chega ao fim, a mudança costuma gerar debates intensos nas redes sociais, especialmente em países como o Brasil, onde o preço de um novo iPhone pode ultrapassar facilmente os R$ 7 mil.
Especialistas opinam
Para o analista de tecnologia Bruno Nogueira, a decisão da Apple segue um padrão histórico:
“A cada atualização, a empresa precisa abrir espaço para que os novos recursos funcionem plenamente. Manter aparelhos antigos no ciclo de suporte poderia comprometer a experiência de uso e reduzir a performance”, explica.
Já a consultora de mercado digital, Carla Santos, destaca o impacto financeiro:
“O fim do suporte pode acelerar a decisão de compra de quem estava adiando a troca. É uma estratégia que, embora criticada, funciona muito bem para a Apple em termos de vendas globais.”
Como identificar se seu iPhone ainda tem suporte?
Para os usuários em dúvida, basta acessar as configurações do iPhone e verificar a versão do iOS instalada. Se o modelo não aparecer na lista de aparelhos compatíveis com a próxima atualização, isso significa que ele ficará de fora.
Outra forma é acompanhar os anúncios oficiais da Apple, que normalmente ocorrem durante a WWDC (Worldwide Developers Conference), evento anual onde a empresa revela as novidades do seu ecossistema.
Vale a pena comprar um dos modelos que serão descontinuados?
Essa é uma dúvida comum entre consumidores que encontram preços atrativos em aparelhos como o iPhone 11 ou o SE 2020 no mercado de usados. A resposta depende do perfil do usuário:
Para quem busca um celular apenas para funções básicas, pode ser uma opção temporária, desde que ciente das limitações.
Para quem deseja longevidade, segurança e atualizações constantes, a recomendação é investir em modelos mais recentes, como o iPhone 13 ou superiores.
O futuro do iOS e dos novos iPhones
Com a saída desses cinco modelos da lista de suporte, a Apple concentra esforços em aparelhos equipados com chips mais avançados, como o A14 Bionic (presente no iPhone 12) e versões posteriores. Isso permitirá que a empresa explore ainda mais recursos de inteligência artificial, fotografia computacional e integração com o ecossistema de dispositivos.
A expectativa é que os próximos iPhones tragam inovações focadas em desempenho, realidade aumentada e maior eficiência energética, o que naturalmente exige que os modelos mais antigos fiquem pelo caminho.