Nova forma de atender ligações sem precisar do celular: conheça as opções

Nos últimos anos, a tecnologia tem transformado até mesmo as ações mais simples do dia a dia — e atender uma ligação é uma delas. Se antes era necessário segurar o telefone e levá-lo ao ouvido, hoje já existem múltiplas maneiras de atender chamadas sem sequer tocar no aparelho. De assistentes virtuais a fones inteligentes e relógios conectados, as alternativas estão cada vez mais acessíveis e sofisticadas.

A evolução da comunicação sem as mãos

A ideia de “atender sem falar no celular” começou a ganhar força com o Bluetooth, ainda nos anos 2000. Inicialmente, o recurso era usado apenas em fones simples, com microfones acoplados. A qualidade de áudio era limitada, mas a promessa de atender chamadas sem segurar o telefone já chamava atenção.

Com o avanço da inteligência artificial e da internet das coisas (IoT), surgiram novas formas de integrar diferentes dispositivos — relógios, fones, carros e até eletrodomésticos — a um mesmo ecossistema digital. Hoje, é possível atender uma ligação apenas dizendo um comando de voz ou tocando em um botão do smartwatch.

Além disso, a pandemia de Covid-19 impulsionou o uso de tecnologias de áudio e vídeo sem toque, já que muitas pessoas buscavam maneiras mais higiênicas e práticas de se comunicar. O resultado foi um salto na popularização de assistentes de voz, como Alexa, Siri e Google Assistente.

Fones de ouvido inteligentes: a forma mais popular

Os fones de ouvido sem fio, especialmente os modelos com Bluetooth, se tornaram a principal ferramenta para quem quer atender chamadas sem usar o celular.

Modelos como os AirPods (Apple), Galaxy Buds (Samsung) e Pixel Buds (Google) oferecem recursos avançados:

  • Sensores de toque ou pressão: permitem atender, rejeitar ou encerrar chamadas com um simples toque.

  • Comandos de voz: o usuário pode dizer frases como “atender ligação” ou “recusar chamada”, sem precisar usar as mãos.

  • Cancelamento de ruído: garante uma conversa mais clara, mesmo em ambientes barulhentos.

Além disso, muitos desses fones são integrados a assistentes de voz, o que torna possível iniciar chamadas, enviar mensagens e até checar notificações sem tirar o celular do bolso.

Para quem dirige, caminha ou trabalha com as mãos ocupadas, esses dispositivos se tornaram indispensáveis.

Smartwatches: o celular no pulso

Outra forma prática de atender ligações sem o celular é através dos relógios inteligentes, ou smartwatches.

Os modelos mais recentes — como o Apple Watch, o Samsung Galaxy Watch e o Xiaomi Watch — contam com microfone e alto-falante embutidos, além de conexão direta com o telefone via Bluetooth ou rede móvel própria (nos modelos com chip eSIM).

Isso permite que o usuário:

  • Atenda e fale diretamente pelo relógio;

  • Leia e responda mensagens de voz;

  • Use comandos como “atender chamada” apenas com um toque na tela ou até mesmo por gesto.

Em situações cotidianas, como dirigir, cozinhar ou praticar esportes, o smartwatch é uma solução eficiente para quem precisa se manter conectado sem comprometer a segurança.

Assistentes de voz: a inteligência que faz tudo por comando

Os assistentes de voz são outro pilar dessa transformação. Eles permitem que o usuário atenda chamadas usando apenas a voz, sem nenhum toque físico.

Os principais nomes do mercado são:

  • Siri (Apple)

  • Google Assistente (Android e dispositivos Google)

  • Alexa (Amazon)

Esses sistemas reconhecem comandos como:

  • “Atender ligação”;

  • “Rejeitar chamada”;

  • “Ligar para [nome do contato]”;

  • “Enviar mensagem para [contato]”.

Em ambientes domésticos, dispositivos como caixas de som inteligentes (Amazon Echo, Google Nest) também podem ser usados para atender chamadas pelo Wi-Fi, integrando-se ao smartphone do usuário.

Esse tipo de interação é especialmente útil para pessoas com mobilidade reduzida, idosos ou profissionais que precisam manter as mãos livres enquanto trabalham.

Carros com integração Bluetooth e Android Auto

Nos automóveis, atender ligações sem o celular é não apenas uma conveniência, mas também uma questão de segurança.

Sistemas como Android Auto e Apple CarPlay permitem que o motorista atenda e fale em chamadas por meio do painel do carro ou comandos de voz, sem precisar tocar no aparelho — o que, no Brasil, é proibido pelo Código de Trânsito.

A integração é simples: basta conectar o celular ao sistema do carro via cabo ou Bluetooth. Assim, é possível dizer:

  • “Hey Siri, atender ligação”;

  • “Ok Google, ligar para João”;

  • Ou simplesmente apertar o botão no volante para aceitar a chamada.

O áudio é transmitido pelos alto-falantes do carro, enquanto o microfone interno capta a voz do motorista.

Esses recursos ajudam a reduzir distrações ao volante e, ao mesmo tempo, mantêm a comunicação fluida e segura.

Aplicativos e recursos acessíveis

Além dos dispositivos de ponta, smartphones mais simples também oferecem funções de atendimento automático ou por gestos.

No Android, por exemplo, é possível ativar opções como:

  • “Atender automaticamente após X segundos” (ideal para quem usa fones);

  • “Atender chamadas com botões de volume”;

  • “Atender ao aproximar o telefone do ouvido”, disponível em alguns modelos.

Já no iPhone, a função “Acessibilidade > Toque > Atender automaticamente” permite que o aparelho aceite ligações sem qualquer interação manual, útil em situações específicas ou para pessoas com deficiência física.

Além disso, aplicativos como o Google Voice e o WhatsApp oferecem versões compatíveis com assistentes de voz, tornando possível atender chamadas de voz por comando, inclusive em dispositivos sem tela.

Benefícios da comunicação mãos livres

A possibilidade de atender ligações sem precisar segurar o celular vai muito além da praticidade. Ela traz benefícios reais em diferentes aspectos:

  1. Segurança: reduz o risco de acidentes no trânsito e em ambientes de trabalho.

  2. Acessibilidade: facilita o uso de tecnologia para pessoas com limitações motoras.

  3. Produtividade: permite realizar tarefas simultâneas sem perder contato.

  4. Conforto: evita o esforço de segurar o telefone por longos períodos.

  5. Higiene: diminui o contato direto com o aparelho, especialmente útil em tempos de preocupação com germes e vírus.

Essas vantagens explicam por que o mercado de dispositivos com funções “hands-free” deve continuar crescendo nos próximos anos.

De acordo com dados da consultoria IDC, as vendas globais de wearables (como fones e relógios inteligentes) aumentaram mais de 25% entre 2022 e 2024, e a tendência é de expansão contínua até 2027.

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