iPhone 17 Pro laranja muda de cor e levanta suspeitas sobre defeito de fabricação

O novo iPhone 17 Pro, lançado há poucas semanas, já era o centro das atenções por causa de seu desempenho, design refinado e câmeras ainda mais poderosas. No entanto, o que ninguém esperava era que um mistério envolvendo a cor do modelo laranja se tornasse um dos assuntos mais comentados nas redes sociais.
A saber, apelidado pelos internautas de “Laranjagate”, o caso começou com relatos de consumidores que afirmaram ter visto seus iPhones mudarem de tonalidade espontaneamente, passando de um laranja vibrante para um tom mais pálido ou dourado — tudo sem qualquer intervenção do usuário.
O fenômeno rapidamente se espalhou pela internet e levantou dúvidas sobre o material utilizado pela Apple na nova linha Pro.
O início do “Laranjagate”
As primeiras publicações apareceram em fóruns de tecnologia e redes sociais como Reddit, X (antigo Twitter) e Threads, onde usuários compartilharam imagens comparando o antes e o depois de seus aparelhos.
Um dos posts que viralizou mostrava um iPhone 17 Pro Laranja Solar lado a lado com uma foto tirada no dia da compra. A diferença era visível: o tom vibrante e metálico havia se transformado em um alaranjado desbotado, com aparência quase “dourada” sob a luz do sol.
“Comprei o celular há menos de uma semana e ele já mudou completamente de cor. Não caiu, não foi exposto a produtos químicos nem calor intenso. Simplesmente aconteceu”, escreveu um usuário norte-americano em um post que ultrapassou 2 milhões de visualizações.
O caso não demorou para ganhar apelidos. O termo “Laranjagate” foi cunhado em tom de brincadeira, fazendo referência a escândalos tecnológicos anteriores, como o “Antennagate” do iPhone 4 e o “Batterygate”, relacionado ao desempenho dos modelos antigos.
A cor que virou fenômeno — e mistério
O iPhone 17 Pro Laranja Solar foi uma das apostas mais ousadas da Apple nesta geração. Inspirado no pôr do sol do deserto da Califórnia, o tom metálico conquistou fãs pela sua aparência única e pela forma como refletia a luz.
Segundo o material de divulgação da Apple, o modelo utiliza uma nova liga de titânio colorido — a mesma base dos modelos em Azul Titan e Natural Titanium — combinada com um processo químico de anodização aprimorado, que permite tons metálicos mais vivos.
O problema é que, aparentemente, esse processo pode estar reagindo de forma imprevisível em alguns dispositivos. Especialistas em tecnologia apontam que o titânio anodizado pode sofrer leves alterações de cor dependendo da exposição à luz UV, umidade e variações de temperatura.
No entanto, o nível de mudança relatado pelos usuários é considerado muito acima do normal, o que indica que o problema pode não estar apenas no material, mas talvez em uma falha de fabricação ou variação na camada protetora.
Apple ainda não se pronunciou oficialmente
Até o momento, a Apple não emitiu nenhum comunicado oficial sobre o caso. A empresa é conhecida por manter silêncio até ter uma resposta técnica definitiva.
Fontes internas consultadas por portais internacionais como o MacRumors e o The Verge afirmam que o problema ainda está sendo investigado. Técnicos de lojas autorizadas foram instruídos a analisar cada caso individualmente, registrando informações como tempo de uso, condições ambientais e histórico de exposição do aparelho.
Um funcionário de uma Apple Store nos Estados Unidos, que preferiu não se identificar, disse que há registros de pelo menos duas dezenas de casos semelhantes, mas ainda é cedo para falar em um defeito de fabricação generalizado.
“Estamos pedindo aos clientes que não tentem limpar ou polir o aparelho, pois isso pode agravar o desbotamento. O ideal é aguardar um posicionamento oficial da Apple”, explicou.
Comunidade tecnológica reage
Enquanto a Apple mantém o silêncio, analistas e especialistas em materiais começaram a especular possíveis causas.
O engenheiro de materiais Dr. Thomas Lee, da Universidade de Stanford, comentou em entrevista ao site TechRadar que o fenômeno pode estar relacionado à oxidação leve da superfície de titânio colorido.
“A anodização cria uma camada muito fina que interfere com a luz, gerando a cor. Pequenas variações nessa camada — por calor, umidade ou produtos de limpeza — podem alterar o tom perceptível”, explicou.
Entretanto, ele ressalta que o caso do iPhone 17 Pro parece muito mais intenso do que uma simples oxidação natural. “Se a mudança ocorre em poucos dias e de forma tão perceptível, é possível que o processo de anodização tenha sido mal calibrado em alguns lotes”, completou.
Influenciadores de tecnologia também entraram no debate. O youtuber Marques Brownlee (MKBHD) publicou um vídeo testando diferentes condições de luz e temperatura em seu próprio modelo laranja. Ele afirmou que, em seus testes, não houve mudança visível, o que reforça a hipótese de que o problema afeta apenas algumas unidades específicas.
Comparações com outros “gates”
A história do “Laranjagate” faz lembrar outras polêmicas envolvendo a Apple. Em 2010, o Antennagate ganhou destaque quando usuários perceberam que o iPhone 4 perdia sinal ao ser segurado de determinada forma. Já em 2017, o Batterygate revelou que a empresa reduzia o desempenho de iPhones antigos para preservar a bateria, o que levou a processos judiciais e compensações financeiras.
Dessa vez, o caso parece mais estético do que funcional, mas atinge em cheio a imagem de perfeição e controle de qualidade da Apple.
Em um mercado onde o design e a aparência são parte fundamental da experiência do usuário, uma alteração inesperada de cor em um produto premium de mais de R$ 10 mil pode gerar grande desgaste reputacional.
Usuários se dividem entre indignação e curiosidade
Nas redes sociais, as reações são mistas. Alguns usuários se dizem frustrados e exigem uma substituição imediata, enquanto outros encaram o fenômeno com humor — e até como um possível “efeito colecionável”.
“Se o meu mudar de cor sozinho, vou considerar arte. É um iPhone mutante!”, brincou um internauta.
Já outros destacam o impacto financeiro: “Paguei caro por um produto que não mantém nem a cor original. Isso é inaceitável para uma marca desse porte”, escreveu uma usuária no X.
Em grupos de entusiastas da Apple, alguns chegaram a sugerir que a variação de cor poderia ser um efeito temporário de iluminação ou reflexão, mas vídeos com diferentes condições de luz provaram que a mudança é real e permanente em muitos casos.
O que fazer se o seu iPhone mudar de cor
Embora a Apple ainda não tenha emitido uma diretriz específica, especialistas em assistência técnica recomendam alguns cuidados:
Evite produtos de limpeza: o uso de álcool, sprays ou panos umedecidos pode reagir com o acabamento e piorar o desbotamento.
Não exponha a altas temperaturas: manter o aparelho sob luz solar direta por longos períodos pode acelerar reações químicas na superfície.
Documente o problema: fotografe a mudança de cor e registre a data. Isso pode ser útil para futuras solicitações de garantia.
Procure uma assistência autorizada: apenas técnicos certificados podem avaliar se o problema é coberto pela garantia.
Se confirmado como um defeito de fabricação, a Apple deverá substituir o aparelho sem custo adicional, como já fez em casos anteriores.
Impacto no mercado e próximos passos
Mesmo sem confirmação oficial, o “Laranjagate” já começou a influenciar a percepção de consumidores. Algumas lojas de revenda registraram queda na procura pelo modelo laranja, enquanto versões em outras cores — especialmente o Azul Titan e o Natural — continuam vendendo normalmente.
Analistas acreditam que, se o problema for confirmado, a Apple pode lançar uma nova leva corrigida ou até mesmo interromper temporariamente a produção da cor afetada.
Contudo, a empresa tem histórico de agir rapidamente para conter danos de imagem. Em situações anteriores, adotou trocas silenciosas e ajustes na linha de montagem sem grandes anúncios públicos.
Enquanto isso, os fãs da marca aguardam ansiosamente um comunicado oficial. O “Laranjagate” pode se tornar apenas uma curiosidade passageira — ou mais um capítulo na longa história de polêmicas que cercam o iPhone.