Duas moedas de 50 centavos podem valer um bom dinheiro em 2025; veja quais são

Poucos brasileiros imaginam que aquele punhado de moedas esquecido em uma gaveta, no carro ou no fundo da bolsa pode esconder verdadeiros tesouros. No mundo do colecionismo, as chamadas moedas raras têm conquistado cada vez mais espaço e valor, especialmente quando apresentam características únicas — como erros de cunhagem, edições limitadas ou detalhes de fabricação que as tornam difíceis de encontrar. E, em 2025, duas moedas de 50 centavos estão chamando a atenção de especialistas e colecionadores por poderem valer centenas ou até milhares de reais, dependendo da conservação e da procura no mercado.
Neste artigo, você vai entender quais são essas moedas, por que elas são valiosas, como identificá-las e onde vendê-las para transformar um simples troco em um “excelente PIX”.
O crescimento do colecionismo no Brasil
O interesse por moedas raras cresceu muito nos últimos anos, impulsionado pela internet e pelas redes sociais. Grupos de numismática — ciência que estuda moedas e cédulas — têm reunido milhares de pessoas interessadas em aprender, avaliar e negociar exemplares antigos ou incomuns.
Segundo especialistas, o valor de uma moeda não depende apenas do seu material, mas também da raridade, estado de conservação e histórico de emissão. Em outras palavras, não é preciso que a moeda seja feita de ouro ou prata para valer muito: basta que seja difícil de encontrar e procurada pelos colecionadores.
1. Moeda de 50 centavos de 2012 sem o zero
A primeira moeda que tem despertado grande curiosidade é a moeda de 50 centavos de 2012 com erro de cunhagem, popularmente conhecida como a “50 sem o zero”.
O que a torna especial
Durante a produção dessa moeda, um erro no processo de cunhagem fez com que o número “0” do “50” não fosse impresso corretamente. O resultado é uma moeda que parece exibir apenas o número “5”. Esse detalhe, quase imperceptível para a maioria das pessoas, é o que a transforma em um exemplar raro e cobiçado.
Como o Banco Central rapidamente corrigiu o erro, pouquíssimas unidades chegaram a circular. Isso fez com que o valor disparasse entre colecionadores.
Quanto vale
O preço pode variar conforme o estado de conservação — o que os especialistas chamam de “grau de conservação numismática”.
Moeda muito usada: entre R$ 150 e R$ 300;
Em bom estado: pode chegar a R$ 600;
Em estado perfeito (flor de cunho): já foi negociada por até R$ 1.500 em sites de leilões e grupos especializados.
Ou seja, se você encontrar essa moeda entre os seus trocos, poderá fazer um “PIX” bem mais gordo do que imagina.
2. Moeda de 50 centavos de 1998 — Primeira emissão da segunda família do Real
A segunda moeda valiosa é a moeda de 50 centavos de 1998, uma das primeiras da chamada segunda família do Real, lançada pelo Banco Central naquele mesmo ano.
Por que é rara
Em 1998, o Brasil passou por uma reformulação nas moedas, adotando novos desenhos e materiais. As moedas de 50 centavos dessa série foram produzidas em menor quantidade e, ao longo dos anos, muitas deixaram de circular devido ao desgaste natural ou perda.
Além disso, algumas unidades apresentam diferenças de tonalidade e espessura, resultado de variações no processo de fabricação — o que também as torna valiosas para o mercado de colecionadores.
Quanto vale
Dependendo do estado e da tiragem específica, o valor dessa moeda pode surpreender:
Comum, mas bem conservada: entre R$ 20 e R$ 50;
Com variações de cor ou espessura: de R$ 100 a R$ 250;
Versões raras e preservadas: já chegaram a valer até R$ 700 em leilões numismáticos.
Como identificar se sua moeda é rara
Se você suspeita que tem uma dessas moedas, há alguns detalhes que podem confirmar o achado:
Observe o ano: verifique se é 1998 ou 2012, que são as datas de destaque.
Veja o número “50”: se faltar o “0”, trata-se da famosa “50 sem o zero”.
Analise o relevo e o brilho: moedas muito gastas perdem valor, enquanto as bem conservadas (sem riscos ou manchas) valem mais.
Use uma lupa ou boa iluminação: para identificar erros de cunhagem ou diferenças sutis na superfície.
Compare com moedas comuns: às vezes, a diferença é discreta, mas essencial para determinar o valor.
Onde vender moedas raras
Uma vez identificada uma possível raridade, surge a dúvida: onde vender? O ideal é recorrer a ambientes especializados, evitando cair em golpes ou vender por valores abaixo do mercado.
As opções mais seguras incluem:
Feiras numismáticas: eventos realizados em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, com especialistas e compradores sérios;
Sites de leilões: plataformas como Mercado Livre, OLX, eBay e sites específicos de numismática;
Grupos e fóruns de colecionadores: comunidades no Facebook e WhatsApp reúnem entusiastas que trocam informações e fazem ofertas;
Lojas de numismática: estabelecimentos físicos que compram, avaliam e certificam moedas.
Antes de negociar, é importante avaliar a moeda com um especialista. Muitas vezes, um detalhe técnico — como a posição da marca da Casa da Moeda ou o tipo de borda — pode alterar completamente o valor final.
Cuidado com falsificações
Com o aumento do interesse por moedas raras, também cresceram os casos de falsificação. Algumas pessoas tentam vender moedas comuns com pequenas adulterações, alegando que são raras.
Por isso, fique atento a:
Desgastes suspeitos no número “50”;
Riscos de raspagem ou alteração manual;
Diferenças no peso ou na cor em relação às moedas originais.
Os colecionadores experientes costumam utilizar balanças de precisão e lupas de aumento para conferir cada detalhe. Além disso, moedas autênticas podem ser certificadas por entidades numismáticas, que emitem laudos confirmando a autenticidade e o estado de conservação.
A importância da conservação
Se você encontrar uma dessas moedas e quiser valorizá-la, evite limpá-la com produtos químicos ou abrasivos. A limpeza incorreta pode reduzir drasticamente o valor.
O ideal é guardar a moeda em um saquinho de proteção plástico ou cápsula de acrílico, sem exposição à umidade ou ao calor. Dessa forma, o metal não sofre oxidação e o brilho original é mantido.
O mercado de moedas raras em 2025
O cenário atual é promissor. Em 2025, especialistas apontam que o mercado numismático está mais aquecido do que nunca, com novos colecionadores surgindo e disputando exemplares de todas as décadas.
Com o crescimento dos canais digitais, ficou mais fácil comprar, vender e trocar moedas. Além disso, influenciadores e canais no YouTube têm ajudado a popularizar o tema, mostrando casos reais de pessoas que lucraram com moedas raras encontradas em casa.
Moedas como as de 50 centavos de 2012 e 1998 são exemplos de como um pequeno detalhe pode transformar o valor de um simples objeto cotidiano.
Dica final: verifique seu troco
Na correria do dia a dia, é comum ignorar as moedas. Mas talvez seja hora de prestar mais atenção nelas. Verificar o troco do mercado, do ônibus ou da padaria pode se transformar em um hobby lucrativo.
Afinal, como dizem os colecionadores: “toda moeda tem uma história — e algumas valem muito mais do que seu valor de face.”