Xiaomi 17 Pro Max e mais 5 celulares ‘à cara do iPhone’: por que essa tendência cresce

A cada ano, surgem novos smartphones que são logo comparados ao iPhone — seja pelo visual, pelo posicionamento de câmeras ou pelas estratégias de marketing.
Fizemos uma lista com o modelo Xiaomi 17 Pro Max e outros cinco celulares que “são a cara do iPhone”.
O destaque para essa associação não é gratuito: as fabricantes, especialmente as chinesas, têm adotado traços estéticos, nomes e até funcionalidades que lembram os aparelhos da Apple.
Esse fenômeno reflete tanto uma influência técnica quanto uma disputa simbólica no mercado de smartphones. Veja mais detalhes a seguir!
O fenômeno de “iPhones clonados”: entre estética e estratégia
Quando um novo modelo como o iPhone é lançado, ele não apenas dita tendências tecnológicas (processadores, câmeras, recursos de IA), mas também inspira concorrentes em termos visuais e simbólicos.
Por isso, não são raros os casos em que fabricantes adotam nomes que ecoam o iPhone (ex: Xiaomi “17” pulando gerações) ou alinham o design de módulos de câmera, disposição de lentes ou bordas.
Essa prática tem duas motivações principais:
Efeito de halo e branding aspiracional
Muitos consumidores ainda veem o iPhone como referência de sofisticação, status e confiabilidade. Quando um aparelho lembra ou faz referência ao iPhone visualmente, pode capturar parte desse prestígio simbólico.Homenagem estética ou inspiração de engenharia
Certas características se mostram eficazes: câmeras em formato retangular, vidro traseiro, bordas finas — tudo isso evoluiu em parte no ecossistema do smartphone graças à Apple. É natural que concorrentes adotem versões adaptadas.
Entretanto, há um limite tênue entre inspiração e imitação descarada — e os fãs de tecnologia tendem a notar quando um modelo “lê errado” o que foi inspirado, gerando críticas ou acusações de falta de originalidade.
Xiaomi 17 Pro Max: o “iPhone do Android”?
O Xiaomi 17 Pro Max aparece como exemplo de celular que se aproxima bastante da estética iPhone — mas com suas próprias adições.
Segundo fontes como The Verge, esse modelo faz parte da nova série Xiaomi 17, que foi estrategicamente “saltada” para alinhar numericamente com o iPhone 17.
Principais características do Xiaomi 17 Pro Max
Processador Snapdragon 8 Elite Gen 5, mesma plataforma adotada pela linha Pro da Xiaomi.
Três câmeras traseiras de 50 MP, com destaque para lente telefoto mais robusta no modelo Pro Max.
Tela traseira secundária (mini display), algo que não existe no iPhone, mas que reforça o visual “premium diferenciado”.
Bateria robusta: 7.500 mAh, com carregamento rápido de 100W (com fio) e 50W (sem fio).
Design e acabamento premium, com vidro e bordas bem trabalhadas.
Sistema operacional HyperOS 3, versão da Xiaomi baseada em Android 16.
Apesar das semelhanças visuais — módulo de câmeras retangular, vidro traseiro —, o Xiaomi 17 Pro Max traz identidade própria e funções que o distanciam do modelo da Apple.
Por exemplo, a tela traseira secundária é vista com ceticismo por parte da comunidade — alguns a consideram um “mimo tecnológico”, sem uso prático claro.
Outros celulares “à cara do iPhone”
Embora o Xiaomi 17 Pro Max seja o mais destacado, os outros modelos que lembram iPhone em estilo ou conceito. Alguns desses aparelhos compartilham bordas retas, módulos de câmera retos ou visual minimalista com poucos elementos chamativos.
Dentre esses, quem pretende comprar um smartphone com cara de iPhone deve ficar atento ao seguinte:
Forma e proporção do módulo de câmeras
Muitos adotam retângulos verticais com lentes alinhadas em coluna, similar aos iPhones Pro/Pro Max modernos.Acabamentos em vidro ou metal com toque premium
Essa estética “premium” ajuda a reforçar a associação estética.Nomes “parecidos” ou saltos de numeração
Como fez a Xiaomi ao pular o “16” e igualar o “17” à linha da Apple.Sistemas com interface minimalista e pouca bagunça visual
Aparelhos que forçam a “limpeza visual” são percebidos como mais semelhantes ao iOS, mesmo que rodem Android.
É importante, no entanto, que o público não se deixe levar apenas pela aparência. Por trás do visual, há componentes, software, câmeras e usabilidade que determinarão a experiência real.
Limites da “cara de iPhone”: funcionalidade, software e percepção
A estética pode atrair olhares, mas não garante longevidade, estabilidade ou prestígio técnico. Aqui estão alguns pontos onde o “look” não basta:
Software e ecossistema
O iOS oferece integração com outros dispositivos Apple, atualizações regulares e um ecossistema fechado que garante consistência. Android, ao contrário, depende de fabricantes e personalizações que podem variar bastante.Câmeras e processamento de imagem
A qualidade fotográfica — especialmente em baixa luz, estabilização, ajustes de cor — depende de hardware e software combinados. Um módulo parecido não garante desempenho equivalente.Suporte e atualizações
A Apple costuma manter seus modelos atualizados por muitos anos. Nem todo “iPhone visual” oferece suporte duradouro.Percepção e identidade da marca
Para entusiastas, copiar demais pode ser visto como falta de identidade. Alguns usuários valorizam originalidade e inovação ao invés de similaridade.Inovações tecnológicas próprias
Recursos como tela traseira, bateria gigantesca ou modulação de carga rápida já são diferenciais que reforçam identidade própria, não imitação.
Por que essa tendência interessa ao mercado?
Essa aproximação visual entre aparelhos traz impactos concretos ao mercado:
Competição simbólica
Ao “disfarçar” um smartphone como algo similar ao iPhone, marcas aspiram competir de igual para igual no imaginário do consumidor premium.Aumento da confiança de consumidores menos técnicos
Para quem não pesquisa especificações, um celular que parece “de marca reconhecida” pode gerar menos resistência na compra.Pressão por inovação estética
Força as marcas a capricharem no design, acabamento e visual industrial para não parecerem “mais do mesmo”.Risco de saturação visual
Se muitos aparelhos começarem a seguir o mesmo padrão, pode haver uma perda de identidade para todos — e o mercado precisará buscar novos traços diferenciadores.